Por Prefeituras da região
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Breve histórico dos índios Bororo na microrregião do Jauru
Por mais de cinco mil anos os índios Bororo habitaram a região sudoeste do Estado de Mato Grosso, onde atualmente se localiza o município de São José dos Quatro Marcos. Os índios da tribo Bororo ou Cabaçais eram os habitantes das terras que atualmente formam os doze municípios da microrregião do Jauru.
O antigo povo desta região foi denominado pelos paulistas de índios Cabaçais. Eles são parte da grande tribo Bororo que tiveram os sobreviventes remanejados e confinados na área indígena de Umutina, no município de Barra do Bugres.
Conforme o site povos indígenas no Brasil, “O termo Bororo significa, na língua nativa, "pátio da aldeia". Não por acaso, a tradicional disposição circular das casas faz do pátio o centro da aldeia e espaço ritual desse povo, caracterizado por uma complexa organização social e pela riqueza de sua vida cerimonial. A despeito de hoje terem direito a um território descontínuo e descaracterizado, a vigor de sua cultura e sua autonomia política tem atuado como armas contra os efeitos predatórios do contato com o "homem branco", que se estende há pelo menos 300 anos”.
Ainda segundo o site, os índios da tribo Bororo se autodenominam Boe sendo o termo Bororo a denominação oficial atual. “Ao longo da história, outros nomes foram usados para identificar esse povo, tais como: Coxiponé, Araripoconé, Araés, Cuiabá, Coroados, Porrudos, Bororos da Campanha (referente aos que habitavam a região próxima a Cáceres), Bororos Cabaçais (aqueles da região da Bacia do Rio Guaporé), Bororos Orientais e Bororos Ocidentais (divisão arbitrária feita pelo governo do Mato Grosso, no período minerador, que tem o rio Cuiabá como ponto de referência)”.
Até 1956, pessoas que entravam nestas terras vinham em busca da Poaia (Ipecacuanha), para extrair da raiz a emetina, droga muito utilizada na farmacologia. Nos anos seguintes, não mais se viu a presença indígena da tribo Bororo ou Cabaçais na região. A exploração da Ipecacuanha já estava desativada e aos poucos surgia a movimentação para a ocupação regional.
FONTE: Prefeituras da região e http://pib.socioambiental.org.
Adaptação textual: Luiz Carlos Bordin.